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Não confie em rótulos!

Uma das maiores pegadinhas da indústria de alimentos: RÓTULOS! Sim, nossa legislação permite que as indústrias se utilizem de algumas manobras para tentar nos enganar.

Primeiro Passo:

Não se detenha nas mensagens promocionais das embalagens (Zero açúcar, zero gordura trans). Vá direto à tabela de informações nutricionais e à lista de ingredientes. É ali que vamos achar a verdadeira composição daquele alimento.

Até aí tudo bem, mas e como interpretar tantos dados?

Informações Nutricionais: por lei, as empresas são obrigadas a colocar nesta tabela apenas valor calórico (calorias), carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, sódio, vitaminas A e C e os minerais cálcio e ferro. Qualquer outra informação além disso fica a critério da empresa colocar ou não.

O que devemos buscar nessas informações?

Calorias –  sob o ponto de vista da nutrição funcional, nosso organismo não reconhece calorias, mas nutrientes. Aquele valor de 2000kcal é apenas uma referência e não vale para todos. Cada organismo é individual e tem necessidades específicas. De que adianta um alimento de baixo valor calórico e cheio de componentes prejudiciais à saúde? O aspartame tem zero calorias e um monte de estudos relacionando ele com risco maior de desenvolvimento de câncer. O óleo de coco é repleto de calorias, contudo, funciona como termogênico, acelerando nosso metabolismo.

Carboidratos –  aqui entra todo tipo de carboidrato, desde massas, arroz, xaropes, açúcares, etc. Para saber se o carboidrato que você consome é do bom, vale espiar a lista de ingredientes.

Proteínas – vale a mesma regra dos carboidratos.

Gorduras –  alguns rótulos dividem as gorduras em saturadas, insaturadas e trans. A saturada e as insaturadas podem  ser consumidas. Já a gordura trans, de tão prejudicial, nem tem um valor diário recomendado de consumo. Por lei, os fabricantes só são obrigados a colocar a quantidade de gordura trans quando essa ultrapasse 1% da porção. Para não ter que declarar a existência dela, os eles acharam uma solução engenhosa: criaram porções menores. Como assim? Observe um pacote de bolacha recheada. Geralmente aparece lá: 01 porção = 1 ¾ de biscoito. Quem é que consome 1 biscoito inteiro e mais ¾ do segundo biscoito? Ou é um ou é dois, certo? Então porque esse ¾ ? Porque acima disso já teria mais de 1% de gordura trans na porção e o fabricante teria que admitir que o produto dele tem essa gordura na formulação.

Pegadinha!

Fibras – o consumo diário deve ser de 25 a 30g por dia. Elas são importantes para melhora o trânsito intestinal e baixar o índice glicêmico do alimento, evitando diabetes. Procure alimentos com mais fibras (que contenham pelo 1.5g na porção).

Sódio – o consumo diário recomendado é 2400mg. Isso equivale a 6g de sal de cozinha. Procure alimentos com menos sódio para evitar retenção de líquidos e hipertensão arterial. Lembre-se: muitos alimentos trazem sódio escondido: enlatados e embutidos, por exemplo.

Passada a tabela de informações nutricionais, dê uma lida nos ingredientes. A regra aqui é: os ingredientes aparecem em ordem de concentração, ou seja, o primeiro da lista é o que mais tem, o segundo é segundo que mais tem e assim vai. Uma pegadinha bem comum aqui é o pão integral. Observe no mercado: a maioria dos pães ditos integrais na verdade trazem como primeiro ingrediente a farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (farinha refinada) e somente em terceiro lugar a farinha integral (atrás ainda do açúcar).

Outras pegadinhas:

O zero açúcar não tão zero assim? são sinônimos de açúcar muito utilizados em rótulos: xarope de glicose, glucose de milho, frutose, maltodextrina, dextrose, glucose, maltose. Cuidado com eles. Todos, especialmente a frutose (essa aqui e não a das frutas tá?) são altamente inflamatórios para fígado e colaboram no ganho de peso e desenvolvimento de diabetes.

O zero trans – esses dias li a embalagem de uma margarina falando que era zero trans. What?? Margarina é a própria gordura trans e não tem nada que coloquem nela que deixe ela saudável (nem mesmo os betasitosteróis ? quer comer betasitosterol come abacate ? ). Além desse nome também podem aparecer: gordura vegetal hidrogenada, gordura vegetal interesterificada, creme vegetal, creme vegetal hidrogenado.

O zero lactose – cuidado com esses. Zero lactose nem sempre é zero, mas sim com pequena porcentagem (mais uma vez a lei e suas porções). Além disso, zero lactose não significa sem leite e sim sem lactose, que é o açúcar do leite. A proteína do leite, alergênica e responsável por sintomas como dor de cabeça, alergias respiratórias, refluxos, etc ainda está lá.

E por fim, o light light é um produto que teve algum dos seus ingredientes reduzido ou substituído por outro. Nem sempre esse ingrediente é o açúcar. Pode ser a gordura ou o sódio, por exemplo. Vale a pena conferir os ingredientes. Além disso, sai o açúcar entra o aspartame, adoçante artificial associado a maior risco de câncer e obesidade.

Bateu o desespero? 
Na hora de escolher tenha em mente o seguinte princípio: quanto menos ingredientes, melhor. Mais saudável é o alimento. E na dúvida, opte pela versão mais natural possível!

 

Texto feito pelo nutricionista Duda Nordi

Instagram: @dudanordinutricionista

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